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domingo, 24 de fevereiro de 2019


Atividade com o Filme O Nome da Rosa



Perguntas e Respostas:

1. Como era a vida no mosteiro? Quais atividades eram desenvolvidas pelos monges?
Era uma vida sobre muitas regras. Praticavam atividades como a pecuária e agricultura, realizam atividades de limpeza e preparação de alimentos, rezavam missas, ler livros e traduzi-los. Viviam sem muito contato com a vida exterior. Eram pesquisadores, copistas e tradutores.

2. Qual a função dos monges copistas? Qual sua importância?
Realizavam muitas reuniões, e nelas, debatiam vários temas relacionados à igreja e a religião e copiavam (reproduziam) obras para que elas não se “perdessem no tempo”.

3. Qual o papel da igreja na idade média?
Tinham como poder uma grande influência na economia, política, e na vida da população, arrecadavam impostos e educavam novos aprendizes que ali iam. 

4. Por que motivo a igreja restringia o acesso a alguns livros? Qual o problema de Aristóteles? 
Os livros tinham coisas que contestavam a palavra de Deus e colocava em dúvida a doutrina cristã; pois era uma comédia e rir era considerado pecado. 

5. Como viviam os camponeses ao redor do mosteiro? 
Em péssimas condições. Conviviam com a miséria e a fome, pagando o dízimo e se alimentando dos restos dos monges

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Resumo de Classicismo (Literatura Brasileira)


Resumo de Classicismo (Literatura Brasileira)


O Trovadorismo foi o período literário da Idade Média e o Classicismo foi o período literário da época do Renascimento (Idade Moderna). Entre esses dois períodos há um momento de transição chamado de Humanismo.

O que você precisa saber sobre o Renascimento

A doutrina da Igreja Católica dominou a vida do povo durante a Idade Média. Agora, na Idade Moderna, a Igreja vive a crise da Reforma Protestante e entra em choque com a evolução científica, que passa a considerar o homem como o centro do universo (antropocentrismo) ao invés de Deus (teocentrismo), além de exaltar o pensamento baseado na razão (racionalismo). Portanto, o homem passa a ser valorizado e, além disso, há uma volta à antiga cultura clássica da Grécia e da Roma antiga (daí vem o nome "Renascimento"), trazendo a mitologia e seus deuses de volta (paganismo). É por isso que nas pinturas renascentistas é bem comum vermos as pessoas sem roupa (valorização do corpo humano), além das figuras mitológicas (como a deusa Vênus, que aparece na pintura abaixo).



Pintura do Renascimento

O período literário dessa época é chamado de "Classicismo" justamente por todas essas características do Renascimento: antropocentrismo (o homem no centro de tudo), racionalismo (valorização da razão) e paganismo (mitologia grega e romana). Era a época também das Grandes Navegações (universalismo: o homem rompe fronteiras e conquista o resto do mundo) e o grande destaque literário do período foi Luís de Camões, que escreveu Os Lusíadas, um poema épico que gira em torno da expansão de Portugal nas Grandes Navegações.



Camões
Os Lusíadas

"Os Lusíadas" era a obra que representava o Renascimento, pois falava a respeito do povo heroico português que foi desbravar o mar, que descobriu o novo continente (antropocentrismo e universalismo). O herói é o povo português (e não apenas os marinheiros que desbravaram o mar). Os portugueses avançaram contra os mares desconhecidos, esmagaram as superstições dos monstros invisíveis que habitavam as águas e redesenharam os mapas do mundo.
A obra é uma "epopeia", ou seja, um poema épico de grandes proporções que narra o heroísmo e a bravura dos marinheiros portugueses que foram conquistar o mundo.

A característica da mitologia grega também aparece na obra de Camões. Vários deuses aparecem em "Os Lusíadas": Apolo, Baco, Neptuno, Júpiter, Vênus, entre outros. Há uma parte do poema onde Camões pede inspiração às "ninfas do rio Tejo" para poder escrever, o que não deixa de ser uma característica mitológica.

Estrutura
De modo geral, o poema é dividido em cinco partes:
1) Proposição: Camões mostra o assunto de seu poema, dizendo que vai escrever sobre uma viagem de Vasco da Gama às Índias, além de exaltar a glória do povo português em sua expansão pelo mundo, espalhando a fé cristã (a obra mistura mitologia com cristianismo).

2) Invocação: Camões pede às Tágides (musas mitológicas que ficam no rio Tejo) inspiração para escrever.

3) Dedicatória: Camões dedica o livro ao rei de Portugal, dedicando as linhas do canto 6 ao 17 só pra isso. Camões diz ao rei (dom Sebastião) que confia a continuação das glórias e das conquistas do povo que estão sendo narradas no livro.

4) Narração: é o enredo em si.

5) Epílogo: Finalmente, Camões termina a sua obra com o epílogo. Nessa parte, o poeta fica triste ao observar a realidade, não vendo mais as glórias e as conquistas no futuro de seu povo.

Poesia Lírica
Além do poema épico (Os Lusíadas), Camões também escrevia poesias líricas (que é a poesia "normal" como a gente conhece: poesia com sentimento, onde o autor dá voz a um Eu-Lírico). As poesias líricas de Camões eram escritas na medida velha (redondilhas) e seus versos eram decassílabos. O grande destaque de suas poesias líricas eram os seus sonetos (uma modalidade específica de poesia formada por quatro estrofes: duas de quatro versos e duas de três versos).

TROVADORISMO

Resumo de Trovadorismo (Literatura Brasileira)



Para começarmos a estudar Literatura Brasileira nós precisamos, inicialmente, compreender o início da Literatura Portuguesa. As primeiras manifestações literárias em língua portuguesa ocorreram na Idade Média, quando Portugal ainda estava em processo de formação. Esse período é conhecido como Trovadorismo. Portanto, o Trovadorismo é o primeiro período da história da Literatura Portuguesa e é o primeiro que nós iremos estudar.

Marco Inicial

O Trovadorismo surgiu na Idade Média, no século XII e o seu marco inicial foi a "Cantiga da Ribeirinha" (ou "Cantiga da Garvaia"), escrita em 1189 por Paio Soares de Taveirós.

Por que "trovadores"?

Como a maior parte do povo não sabia ler nem escrever, o gênero que mais se destacou no período do Trovadorismo foi a poesia, que era cantada (daí vem o nome “cantigas”), acompanhadas de música e de dança. Os trovadores compunham e cantavam essas cantigas, que eram escritas e reunidas em livros chamados cancioneiros. 




Agora, vamos à parte mais importante da matéria: vamos falar a respeito dos tipos de poesia trovadoresca. 



Classificação das Cantigas

As cantigas podiam ser Líricas (de Amor ou de Amigo) ou Satíricas (de Escárnio ou de Maldizer). 

Cantiga de Amigo (Poesia Lírica): ambiente rural, linguagem simples e forte musicalidade (ex: paralelismo – repetição de palavras ou frases). Eu-lírico feminino, que vive se lamentado porque o namorado foi para a guerra. Amor natural e espontâneo. Obs: nesse contexto, "amigo" tem o mesmo sentido de "namorado". 

Cantiga de Amor (Poesia Lírica): linguagem mais rebuscada, ambientação aristocrática das cortes. Eu-lírico masculino, que vive se declarando para uma mulher idealizada, inatingível e distante (amor cortês: convencionalismo amoroso). Seu amor nunca é correspondido e o homem sempre é inferior à mulher, como um vassalo (servo feudal) em relação ao seu suserano (senhor feudal). 

Cantiga de Maldizer (Poesia Satírica): Crítica direta, linguagem agressiva e zombaria. Às vezes apareciam até palavrões. Eram cantigas usadas para falar mal das pessoas de modo explícito. 

Cantiga de Escárnio (Poesia Satírica): Crítica indireta, linguagem sutil (jogo de palavras), ironia e duplo sentido. O nome da pessoa que era zombada não era revelado. 

Além das cantigas (poesia), havia outros tipos de textos:

Novelas de Cavalaria (Prosa): adaptações das canções de gesta (poemas que narravam aventuras heróicas). Aventuras fantásticas de cavaleiros lendários e destemidos. Detalhes da vida e dos costumes da sociedade da época.

Teatro: Mistérios (episódios bíblicos), milagres (episódios da vida dos santos), moralidades (didático-moralista, com personagens abstratos ou defeitos morais). 


Características do Trovadorismo

Como você já sabe, o Trovadorismo surgiu na Idade Média e ele se desenvolveu em meio ao domínio da Igreja Católica, da visão teocêntrica do mundo (Deus no centro de tudo) e do moralismo religioso. Além disso, outro aspecto do período é a questão do feudalismo e das relações de vassalagem, que nas cantigas ficou conhecida como vassalagem amorosa (nas cantigas, o homem se coloca como o vassalo ou servo da mulher amada). 
Segue, abaixo, a "Cantiga da Ribeirinha", texto considerado o marco inicial do Trovadorismo. Logicamente, na Idade Média a língua portuguesa era bem diferente de como ela é hoje.

Cantiga da Garvaia
No mundo nom me sei parelha,
mentre me for como me vai,
ca ja moiro por vos – e ai!

mia senhor branca e vermelha,

queredes que vos retraia

quando vos eu vi en saia!
Mau dia me levantei,
que vos enton non vi fea!
me foi a mi muin mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d’haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós ouve nem ei
valia dua correa.
E, mia senhor, dês aquel di’, ai!

 
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